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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Sete Ossos e Uma Maldição


São 11 contos que fazem qualquer um sentir um friozinho cortante percorrer a espinha. Mas o medo aqui não paralisa, pelo contrário, só faz crescer a vontade de chegar à página seguinte, o que exige fôlego. Um prato cheio para quem curte histórias de terror e mistério ? e qual é a criança ou o jovem que não curte? - e um bom começo para os iniciantes neste tipo de literatura.
Em Sete ossos e uma maldição, não há sangue espirrando nem miolos saltando, como informa de antemão a orelha do livro. Nada explícito ou de mau gosto. Nele, a imaginação do leitor se encarrega de formar as cenas macabras forjadas através de um texto elegante. E é exatamente esse terror sugerido, literatura fantástica da melhor qualidade, que o torna tão atraente.
O primeiro conto, "Crianças à venda. Tratar aqui", pega o leitor de primeira e dá o tom do que virá a seguir. A dúvida é uma constante. Vai ficando cada vez mais difícil dizer exatamente o que é e o que não é, o real e o sobrenatural se misturam numa atmosfera fascinante. O conto que dá nome ao livro também surpreende o leitor ao explicar o que são afinal os sete ossos e a maldição do título, aliás, uma história sinistra, como diriam os jovens leitores.
Em seu novo livro, Rosa Amanda Strausz exercita o talento de escritora infanto-juvenil com maestria. E prova que pode percorrer os caminhos da literatura fantástica sem dificuldade. "Estou sempre procurando um novo jeito de olhar, e escrever para crianças e adolescentes é quase conseqüência natural de viver procurando pontos de vista diferentes", diz a autora. Sete ossos e uma maldição é mais uma forma de saciar o seu "olhar glutão" sobre o mundo e a literatura.

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